sábado, 18 de junho de 2016

rio, estado-desespero

perto deles, malandragem tem dó  

Sexta-feira,18 de junho de 2016.
Primeira notícia da manhã não poderia ter sido mais bombástica: o estado do Rio de Janeiro mudou de nome, passando a se chamar "estado de calamidade pública". A princípio pensamos se tratar de matéria fake, mal redigida ou tendenciosa. Porém consultamos todos os portais e o Diário Oficial e constatamos: sim, chegaram a esse ponto.
Pior, porém, foi a justificativa (sim, sempre pode piorar): a grande preocupação do governador biônico é que está difícil de o Rio "honrar seus compromissos para a realização da Olimpíada de 2016".
Entenderam? Não? Nem nós! Ou melhor, achamos ter entendido... Vamos lá!
Só pra ficar na educação: Milhares de estudantes sem aula, centenas de professores sem salário, e não ter dinheiro pra Olimpíada é o que tira o sono?!?!?!?
Acalmem-se, leitores, vai piorar! Porque sempre se dá ouvidos a quem menos tem a dizer...
Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da Fundação Getúlio Vargas, disse que "a declaração de estado de calamidade pública no âmbito da administração financeira é uma medida exemplar e corajosa que permite trazer à tona a dificílima realidade fiscal do Estado do Rio de Janeiro.
Corajosa e EXEMPLAR. E-XEM-PLAR!!!
Mas pensando bem... que atitude eivada de exemplo e nobreza essa do nosso queridíssimo governador! Afinal de contas, ele nos dá uma aula de como reinar no caos: arrebenta-se com as contas, deixa-se o funcionalismo público em estado caótico e depois é só decretar a tal calamidade, pois aí fica claro que não tem como cobrar coisa alguma do governo estadual. Que beleza, que orgulho do governador!!!
Só que não, Francisco Dornelles.
Calamidade é ignorar os professores e ter insônia por causa da tocha olímpica.
Calamidade é transformar policiais em jagunços para baterem em estudantes de escolas ocupadas.
Calamidade é hospital estadual se municipalizando pra não fechar de vez.
Calamidade é esse desgoverno que nem se pode dizer que "é do diabo" porque até o "Príncipe das Trevas" trata bem seus comandados...
O Estado do Rio de Janeiro nunca será uma calamidade. Será sempre o Estado do Rio de Janeiro. O duro é vê-lo definhando a cada dia, porém o que nos anima é saber que o Estado ainda é maior que todos os inimigos do Estado. Muito maior, diríamos!
Estamos furiosos até a tampa! Mas pela terceira vez afirmamos: sempre pode piorar. Afinal de contas, as panelas continuam em silêncio. Silêncio substituído pelo "Ah, mas ela..." em favor do estupro e pelo "nada contra os gays, mas..." em defesa do extermínio do LGBT. E agora também implacavelmente caladas pela "coragem e exemplo" do decreto de calamidade pública contra o Rio de Janeiro.
E ainda tem gente que consegue ser calhorda sem piedade. Não faltarão comentários em todos os portais apontando certos culpados... Como é difícil se libertar da toupeirice, não é mesmo seus trouxas?!?
Sem mais.


3 comentários:

Diogo disse...

Salve mestre!!! Sem maiores acréscimos, vou ser curto e grosso na análise:

- sou usuário da SuperVia, e sou obrigado a ver aquele vídeo promocional dos Jogos Olímpicos, em que se apresenta o Rio de Janeiro numa visão propagandística que faria inveja ao marketing do PT. "O Rio tem fontes de riqueza enormes", 'o governo vem trabalhando com competência", "o Rio é o estado que mais cresce"... tomara que não precise mais ver aquela porcaria...;

- Em níveis morais, educacionais, culturais e de responsabilidade, pensei que iríamos evoluir... na verdade, involuímos desde que os Jogos (e a Copa) vieram para o Brasil. Dinheiro saindo "aos tubos", zero responsabilidade fiscal, elefantes brancos de ponta a ponta do país, obras a toque de caixa... nem a construção de Brasília exigiria tantas investigações...;

- Sem fazer defesa do governo anterior, mas a saída de Dilma retirou a pouca transparência sobre o controle dos investimentos e metas que ainda havia. Agora, a organização da competição está desmoralizada, tudo sendo quase atirado para ser concluído a tempo... e sem possibilidade do COI de retirar a sede daqui por falta de tempo viável..;

- Finalmente, é como disse o leitor da postagem anterior: da mesma forma que há uma morosidade da população carioca de se conscientizar da importância da educação, o mesmo se dá com a organização dos jogos. Em outro caso, estaríamos vendo chover protestos desde que escolheram a capital para Sede, devido a falta de investimentos sociais. Melhores hospitais? Escolas melhor equipadas? Ocupação social das favelas? Não!!! Depois da Olimpíada, o RJ vai crescer por causa disso, os políticos locais e federais não disseram?...

Enfim, essa sangria de desvio da verbas, a falta de conscientização e mesmo de cultura da população, associada à postergação das obras que calamitaram a cidade, conduzem a um quadro que nos fará ser motivo de chacota mais do que nunca para o mundo...

Triste herança...

Raphael disse...

Canalhas, cretinos!
O mais impressionante é ver a mídia podre amenizar essa gravíssima medida.
E mais, querer imputar responsabilidade ao governo federal (Dilma).
Essa medida, fora permitir rasgar a lei de responsabilidade, ainda pode trazer sérios ataques aos servidores, como a permissão de exonerações deliberadas; fragilizar a greve dos professores e demais servidores;congelar salários; entre outras maldades menos cotadas.
Legado que vem desde Marcelo Alencar e dinamizado por "Cabramal" (cadê ele?).
Panelas são poupadas e quando a pira abacar, "the end".
Mais o Rio será mais forte... Sobreviverá...

Gustavo Maio disse...

É inacreditável. Até numa nota de crítica a situação financeira de um estado da federação colocam no mesmo pacote "LGBTs", "panelas em silêncio" e outros similares.

Mudando de assunto, apenas lembro que Sérgio Cabral Filho e asseclas não se tornaram chefes do Executivo fluminense através de golpe.

Foi através do voto popular. Todos os cidadãos foram avisados. Aprendam a votar.

E por falar em panelas, já que o assunto não se esgota... Gostaria de ouvir da parte dos vermelhos em alto brado: FORA MARANHÃO !!!!!