que papelão hein!
Temos lido
muitos textos e assistido muitos vídeos sobre essa questão da Friboi (que é apenas um dos segmentos
da JBS). Tenta-se entender e
explicar o que pode estar por trás de toda essa movimentação em relação a essa
operação que devassou os frigoríficos
de todo o país, tendo inúmeras pessoas citadas, desde empresários a políticos.
Muitas pessoas
têm-se indignado com esses articulistas porque pensam que eles estão defendendo
o segmento da "carne podre com papelão", o que realmente é
compreensível porque eles tocam no assunto com um viés que mais lembra teorias conspiratórias (especialmente
quando se diz que "os EUA têm interesse nisto", ou seja, na
quebradeira dos frigoríficos brasileiros).
Confessamos que
também ficamos irritados com a falta de objetividade
desses camaradas. Talvez não tenham achado o tom certo pra comentar e acabaram
sendo ridicularizados páginas afora. Se bobear, Leonardo Stoppa terá de fazer
um novo vídeo a fim de explicar melhor sua idéia porque ela foi ofuscada pelo
tom alarmista que ele imprimiu no vídeo todo.
Tentaremos ser
mais práticos.
Há anos a JBS é acusada das maiores
barbaridades contra a saúde pública,
afrontando com força todas as regras da vigilância
sanitária. Já foi objeto de denúncia diversas vezes e aparentemente nada
era feito para punir os culpados e impedir essa cretinice de se vender
alimentos estragados à população.
Eis que
"no meio do nada" resolvem acionar a frigorífica e a notícia
veiculada na mídia tem um tom catastrófico que NUNCA teve desde a primeira denúncia do grupo, que chegou a usar
midiáticos para dar legitimidade aos seus negócios. Justamente num momento de
quebradeira total de serviços e outros por conta do denuncismo que assolou o país via Lava-Jato. Aliás... O tom
catastrófico se dá justamente por conta dessa enxurrada de denúncias, como se
antes delas não houvesse gravidade alguma em se vender carne fora do prazo de
validade com um disfarce convincente pro povão não perceber.
A questão toda,
queridas e queridos, resume-se numa simples pergunta: Por que isso não aconteceu antes? Por que a JBS navegou em águas
calmas por tantos anos, mesmo com tantas denúncias em cima? Falta de provas?
Hahaha, não nos ludibriemos com algo tão tacanho, pois todas as denúncias contra a Friboi foram muito bem amarradas com
provas concretas do que estava se passando naqueles frigoríficos.
É por isso que se
desconfia com razão de uma tentativa de derrubada não da JBS, que é apenas uma
empresa (de ponta), mas de todo um
segmento frigorífico que passa a ficar sob suspeita (naquele raciocínio
falacioso que ensina que "se os poderosos da carne fazem isso, imagina os
pequenos"). Se pensarmos que a construção
civil ficou em frangalhos depois de todas as revelações de esquemas por
todo o país (isso porque os barões das obras todos foram destronados e as empresas médias que eram terceirizadas pelas grandes também dançaram), pode-se
aplicar esse raciocínio aos frigoríficos.
E sempre se há
o risco das demissões porque a
credibilidade dessas empresas foi pro saco preto e assim ficaria insustentável
manter uma empresa de pé sem ter consumidores, que obviamente não se arriscarão
em comprar gato por lebre (ainda que ambos com caras de sadios). Não
descartemos o fechamento de frigoríficos em todo o país por falta de
condições, não apenas pelo lado sanitário, mas por não ter como se manterem
financeiramente. Sem compradores, não há dinheiro.
Percebam que não estamos aqui fazendo defesa desses "criminosos da JBS". Apenas atentamos para o fato de que realmente pode haver
muito mais que simplesmente pretender que "comer carne podre já deu".
Fiquemos muito atentos mesmo a esse lance - e não estamos dizendo pra galera
assistir jornal nacional ou novela.
E esperamos que
os articulistas sejam mais sóbrios
para falar do assunto e não percam o feeling para lidar com uma opinião
pública já acostumada pelo PIG a espernear com qualquer notícia tola e se calar
diante de um absurdo inominável. Esse
assunto é seríssimo e não dá pra querer chamar a atenção da opinião pública
acusando os Illuminatis ou os reptilianos só por acusar. Está na hora de se lidar melhor com as
massas, informando com mais apuro para não correr o risco de a desinformação
vencer mais uma vez.
Primeiro foi o pré-sal; depois as obras civis; agora, a carne.
Quem será a próxima bola da vez?
EM TEMPO 1:
Gostaríamos de saber o que a bancada do
boi (que é uma das mais poderosas do país) pensa de tudo isso. Ou alguém
tem dúvidas de que esses eventos a atinge diretamente? Lembremo-nos de que o
volume de dinheiro que essa gente movimenta é muito grande e de certa forma os
negócios são duramente atingidos. Ainda que ajam nas sombras, esses
capitalistas do agronegócio não são fãs da idéia de que deixaram de lucrar
"um pouquinho". Eles NUNCA se contentam em simplesmente lucrar. Tem que lucrar MUITO.
EM TEMPO 2: Engraçado...
Ainda não prenderam Lulinha pelo caso Friboi. Geralmente o dono do empreendimento
é o primeiro a dançar...
EM TEMPO 3: Raul Seixas previu tudo isso em 1975:
Eu já paguei a prestação da geladeira, do açougue
fedorento que me vende carne podre que eu tenho que comer, que engolir sem
vomitar
Quando às vezes desconfio se é gato, jegue
ou mula aquele talho de acém que eu comprei pra minha patroa pra ela não me
apoquentar!
4 comentários:
Também ainda não vi nenhuma operação com um nome bacana como "linha cruzada" nas teles.
A nova Delta
A hipótese dos Iluminatis e dos Reptilianos nunca poderão ser descartada (é preciso manter desperta a possibilidade de conspiração)
Futuramente tentarei postar uma matéria sobre alimentos e água para realmente botar terror (graças a essas pesquisas consegui fazer regime e mudar a programação de meu cérebro para não depender de comidas industrializadas).
Os motivos pelos quais eu fico com a teoria da conspiração são basicamente os seguintes:
1 - Qualquer investigação dá PF que minimamente represente risco a saúde pública, não pode esperar 2 anos e muito menos agir de forma coordenada. Se existe um mínimo de suspeita, deve-se IMEDIATAMENTE paralisar as atividades do frigorífico e verificar os produtos. Eles poderiam ter evitado que os brasileiros comessem carne com papelão há pelo menos 2 anos.
2 - Eu, por pesquisas próprias, sei que desde a ração do gado, passando pelos antibióticos e até o pós abate, a quantidade de produtos químicos altamente nocivos a saúde é muito grande e o papelão (se for orgânico, é o menor dos problemas nesse ciclo)
3 - A densidade do papelão e o custo dos processos de adulteração dá carne, a meu ver (tenho que pesquisar), saí mais caro do que a própria carne. Não seria economicamente viável fazer esse tipo de adulteração e, em sendo feito, ela não teria como se manter por muito tempo.
4 - Ainda não vi estatísticas referentes a percentual de carnes que estariam contaminada, presume-se que uma investigação de 2 anos tivesse essa informação.
5 - Os órgão internacionais ligados a padronização e qualidade dos produtos, fazem um controle estatístico extremamente rígidos e periódicos dos produtos para serem certificado e essa certificação é renovada a cada ano normalmente. Nesse caso o esquema teria que envolver também agências de certificação dos EUA e dá França (por exemplo) e aí, toda a carne no planeta Terra estariam comprometidas.
Eu sempre analiso os fatos dentro de um cenário geopolítico e não isoladamente, e nessa análise sempre recai em teoria da conspiração. Isso simplesmente porque eles possuem sincronicidades altamente complexas para serem apenas fatos isolados.
E hoje, é o Agronegócio quem sustenta financeiramente o país, porque os negócios das construtoras e dá Petrobras hoje estão tecnicamente falidos e, onde o dinheiro mais escapa por corrupção (que é a saúde e educação) não tem investigação por parte da PF.
Sim Uchoa, certamente os Senhores do Mundo têm tudo a ver com isso, todavia quando vi os vídeos sobre o assunto, estava-se enfatizando demais isso, sem um tom didático pr'aqueles que nunca ouviram falar em reptilianos e illuminatis. Foi isso que me incomodou um pouco no vídeo de Stoppa, por exemplo.
De resto, foi como você mencionou. Resta saber quem será o próximo a ser atacado, quando o agronegócio já estiver 100% combalido.
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