segue o jogo
Essa é a
continuidade do texto que escrevemos no mês passado, "Um velho recomeço".
Ser a favor a
alguma coisa nunca teve um sentido tão contrário quanto nesta quinta-feira.
Às vésperas dos
128 anos da assinatura da Lei Áurea, mais uma vez o Brasil é relembrado que continua escravizado.
Ao menos desta
vez, o espetáculo foi "menos constrangedor": a patifaria foi mais
"respeitosa", com mais decoro, e não tivemos um novo reality show de aberrações.
O
republicanismo confirmou o troco.
A realpolitik foi realmente cara.
Escrevemos nas
redes sociais que a partir de hoje, 12 de maio de 2016, nenhuma panela jamais
voltará a ser espancada. Entretanto, foi uma afirmação não totalmente correta,
foi mais "da boca pra fora". Pois é evidente que hoje tivemos a
certeza de nossa posição já deixada clara no dia 18 de abril do ano corrente.
De aguardar ansiosamente a primeira reclamação dos que apoiaram o impeachment em relação a esse novo governo
que se avizinha. Mas neste caso, não nos referimos aos incautos, ao gado, aos
bois de piranha, e sim àqueles que mesmo sabendo o quanto a decisão de ontem
custaria, não tiveram o menor constrangimento em apoiar o terceiro turno.
E reiteramos o
que dissemos do Partido dos Trabalhadores naquele fatídico dia: nunca mais
sejam republicanos com quem odeia o Brasil. Ainda mais agora que o partido
voltou a ocupar o lugar que foi seu por anos a fio e que realmente soube ser e
fazer: oposição.
Nossa tristeza
permanece. E que haja lugar debaixo da ponte para nós.
Sem mais.
Um comentário:
Passaram doze dias e a indignação só aumenta. Vão ser difíceis os próximos dois anos e meio...
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